29 dezembro 2013

Banco de Alimentos de Contagem-MG promove segurança alimentar



A Prefeitura de Contagem, por meio do Banco de Alimentos da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, mantém, durante todo o ano, a entrega semanal de produtos a 60 instituições filantrópicas cadastradas, espaços de convivência e às duas cozinhas comunitárias municipais. Os alimentos são doados por parceiros, a maioria supermercados e sacolões, num volume aproximado de 8 toneladas por mês.
Na última quinzena de novembro, o volume dos alimentos foi maior, uma vez que as entidades também receberam, por meio do banco, os alimentos provenientes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A estrutura do banco conta com um depósito para alimentos perecíveis e não perecíveis, com boa capacidade de armazenamento.

Creches, asilos, casas municipais de passagens e de recuperação, além de dois "Espaços Bem Viver", que são frequentados por idosos, são as instituições beneficiadas com o Banco de Alimentos. A proposta é combater a fome e promover a segurança alimentar com a distribuição de verduras, legumes, frutas, grãos, cereais, alimentos industrializados, massas, leite e seus derivados. 
O objetivo também é complementar a alimentação das entidades, contribuir para a redução do desperdício e promover a alimentação balanceada para o público destas entidades.

Alimentos muito bem vindos
Para a diretora da Obra Educacional Irmã Euvira, Eliamar Florência da Silva, "é muito bem vinda a doação", pois a entidade filantrópica atende 150 crianças de zero a cinco anos, que se alimentam quatro vezes ao dia. A entidade foi fundada em 1976, pelas Irmãs Sacramentistas de Bérgamo, localiza-se no bairro Industrial e também recebe a Subvenção Mensal com verba per capita repassada pela prefeitura.

Outra entidade que recebeu alimentos foi a Associação Comunitária Rosa de Sharon (Acros), mantenedora da Casa de Recuperação Servos de Cristo, do bairro Novo Progresso. A diretora, Eliane Monteiro, disse que "significa muito" o 
volume de verduras e legumes que pega todas as semanas no banco, o que ainda ajuda a montarem cestas básicas para famílias carentes do bairro Oitis.

Um dos agricultores que repassa ao Banco de Alimentos a produção de sua horta familiar é Geovane Teixeira. Ele entrega verduras de 3 a 4 vezes ao ano, de acordo com o pedido do Banco, até atingir a quota estabelecida para os produtores. "Este programa é muito bom, pois tem entrega e destino certos", avaliou ele, que participa pelo PAA e recebeu o valor de R$ 4.500,00 referente à quota de 2013.

Produtos direto do produtor
Segundo o gerente do PAA no município, Gustavo Melgaço, a Prefeitura cadastra o agricultor, mas é a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) que emite a Declaração de Aptidão do Produtor (DAP), via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Gustavo atua no Banco e informou que o Ministério de Desenvolvimento Social e de Combate à Fome liberou para Contagem a verba de R$ 1,5 milhão, conforme o novo convênio com o município.

Além das doações de supermercados, atacados e sacolões, o convênio celebrado entre prefeitura e ministério abastecerá o Banco até maio de 2014, quando haverá a renovação. "Vamos fechar este ano com cerca de 35 toneladas de alimentos provenientes do PPA, sem contar com o volume que chegará direto do produtor", revelou Gustavo Melgaço.

Segundo a gerente do Banco, Giulia Garcia, aqueles alimentos doados que não se adequam ao padrão de qualidade estabelecido por nutricionistas são descartados. O Banco ainda se articula com as demais Políticas de Segurança Alimentar do município e com os demais Bancos de Alimentos da região metropolitana, formando uma rede regional de atendimento.



18 dezembro 2013

Idec lança campanha contra PL que prevê a não rotulagem de transgênicos



O projeto de lei 4.148/2008 que prevê a não obrigatoriedade de rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos pode ir à votação em caráter de urgência nesta semana. Para impedir a aprovação, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou uma campanha contra o PL.
De acordo com o Idec, “caso o projeto de lei seja aprovado, corremos sério risco de saúde, pois compraremos alimentos como óleos, bolachas, margarinas, enlatados e papinhas de bebê sem saber se são seguros ou não. Atualmente, cerca de 80% da soja e 56% do milho do país são de origem transgênica. É essa produção crescente e acelerada que leva para a mesa do consumidor um alimento disfarçado ou camuflado que não informa sua real procedência. Nós, consumidores, temos o direito à informação (artigo 6º do CDC) sobre o que estamos adquirindo ao comprarmos e consumirmos um produto”.
Há um ano, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) enviou ofício à Câmara Federal e às lideranças partidárias pedindo a derrubada do projeto de lei que pretende acabar com o rótulo nas embalagens de alimentos transgênicos. De acordo com a atual legislação, as embalagens desses tipos de alimentos devem conter rótulo informando se tratar de produto transgênico. No documento, a presidenta do Consea, Maria Emília Lisboa Pacheco, afirmou que “segurança alimentar e nutricional abrange a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, estimulando práticas alimentares saudáveis”.
Em outubro deste ano, o Consea encaminhou uma recomendação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedindo “agilidade aos processos de atualização e qualificação de propostas regulatórias de rotulagem de alimentos com a participação da sociedade civil, academia e governo, em prol de uma melhor informação ao consumidor para a melhoria das condições de saúde da população brasileira.”
Para participar da campanha “Fim da rotulagem dos alimentos transgênicos: diga não”, basta acessar o site do Idec.
Saiba mais:
Fonte: Ascom/Consea com informações do Idec