26 novembro 2013

Segurança Alimentar: Canoinhas está entre os 12 municípios do Brasil que aderiram ao Sisan



Canoinhas foi um dos 12 municípios brasileiros que assinou o termo de adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A adesão ao sistema aconteceu durante seminário realizado semana passada em Brasília.
A produção de alimentos e o acesso da população à alimentação saudável é uma das estratégias utilizadas pelo governo para combater a pobreza e a fome.  Com a política de segurança alimentar e nutricional, busca-se fortalecer a agricultura familiar, ofertando serviços públicos e promovendo a alimentação saudável como direito básico da população.
A assistente social e coordenadora do Centro de Referência da Assistência Social (Cras I), Zenilda Lemos de Souza, representou o município no seminário e comentou sobre a importância da adesão do município ao sistema. “Será uma nova forma de trabalhar a segurança alimentar em Canoinhas, com mais programas, projetos e melhorias para a comunidade”, explica Zenilda.
Para o prefeito Beto Faria, a adesão ao Sisan é mais uma das ações que busca melhorar a qualidade de vida da população. “O acesso aos alimentos de qualidade, o fortalecimento de nossa agricultura familiar e todas as ações que a política de segurança alimentar compreende, são fundamentais para o cumprimento de nossa missão, que é cuidar mais de nossa gente, independente da faixa etária, gênero e classe social”, comenta o prefeito Beto Faria.
“É um marco histórico para Canoinhas, estarmos entre tantos municípios brasileiros, consolidando os programas e projetos de Segurança Alimentar e Nutricional, através da implantação de equipamentos públicos, tais como a Cozinha Comunitária e a Unidade de Apoio a Distribuição de Alimentos da Agricultura Familiar, contribuindo para a qualidade da alimentação para a nossa população”, avalia a secretária municipal de Desenvolvimento Social e da Família, Ângela Soares.
Participaram do seminário mais de cem municípios dos diversos estados brasileiros,destes, 12 assinaram o termo de adesão ao Sisan. São eles: Canoinhas (SC), Criciuma (SC), Tamboril (CE), Minaçu (GO), Cândido Mendes (MA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Brasileira (PI), Pedro II (PI), Pinhais (PR) e Caxias do Sul (RS).
PAA municipal
O município de Canoinhas, por meio da secretarias  de Desenvolvimento Rural e Desenvolvimento Social e da Família já trabalha com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) municipal. Com o programa, o município pode adquirir alimentos produzidos por agricultores familiares sem a necessidade de licitação, em compras de até R$ 5,5 mil para acesso individual e de R$ 6,5 mil por meio de cooperativas de agricultores familiares, destinando os produtos a entidades e programas sociais, além de famílias em situação de vulnerabilidade social.
Para promover o acesso aos alimentos, mais de três mil itens, e o fortalecimento da agricultura familiar, o PAA se desdobra em diferentes modalidades, executadas por vários agentes operadores, entre elas a Compra com doação simultânea. Canoinhas desenvolve o PAA através da Conab, sendo executado pela cooperativa Comsol, desde 2007, na modalidade de compra direta com doação simultânea, envolvendo 28 produtores.

16 novembro 2013

Seminário defende direitos de mulheres indígenas

 
Para mulheres indígenas, a defesa da cultura alimentar e a demarcação de suas terras, é fundamental para a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada destas etnias
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, abriu a mesa de debates do 1º Seminário de Mulheres Indígenas e Segurança Alimentar e Nutricional, na última terça-feira (12), em Brasília.
A presidenta do Consea destacou que é importante defender o “direito dos povos indígenas de proteger suas sementes e manter viva a tradição e cultura alimentar”. Sobre o encontro, Maria Emília Pacheco disse que a preocupação do Consea surgiu a partir dos dados do Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição, de 2009.
O resultado do 1º Inquérito de Saúde Indígena alertou o Consea. Os números da saúde indígena no Brasil mostraram 32,7% das mulheres indígenas grávidas com anemia e isso nos preocupou porque anemia se manifesta quando a alimentação não é adequada”, explicou a presidenta do Consea.
Durante o debate, representantes de cada região do Brasil apresentaram as prioridades das suas comunidades. A representante da região Norte, Iranilde Barbosa, da etnia Macuxi, demonstrou preocupação em relação a qualidade dos alimentos consumidos pela nova geração nas aldeias.
Infelizmente, o contato com a sociedade envolvente trouxe várias mudanças no hábito alimentar dos povos indígenas e trouxeram vários problemas a nossa saúde. É preciso mudar nossos hábitos alimentares de acordo com a cultura de cada povo. Substituir industrializados por alimentos naturais. Antigamente, a comida era muito natural. Não havia açúcar nem sal.”, disse Iranilde.
Maria da Conceição, representante da Associação dos Povos Indígenas do Nordeste (Apoine), também demostrou preocupação com a mudança dos hábitos alimentares nas comunidades. “O que nos alimenta hoje nem de longe é o que nos alimentava antigamente. Sentimos falta dos nossos alimentos: caça, peixe, farinhas - mas sentimos falta mais do nosso território”, disse Maria da Conceição.
A representante do Centro-Oeste, Léia Aquino, disse que a falta de espaço para o cultivo afeta a produção. “O prejuízo maior é estar perdendo a alimentação que a gente tinha. O que a gente tem é alimentação comprada. Perdemos muito o que os nossos pais plantavam. São pouquíssimas pessoas que plantam. Não temos terra suficiente para produzir nossa alimentação”, explicou Léia Aquino.
Sandra Regina, representante da região Sudeste, também destacou que a maior dificuldade nesta área é a questão da demarcação de terras já que cerca de 27 aldeias estão dentro do Parque Estadual. No parque, não é permitido caçar, nem retirar matéria-prima. Sandra Regina disse ainda que “gostaria de ter ajuda na região para desenvolver plantio mesmo em território pequeno”.
A representante da região Sul, Brasília Freitas, disse que “é muito importante a produção nas áreas demarcadas mas falta apoio”. Brasília Freitas destacou ainda a importância que iniciativas do governo, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), são muito importantes para a região, assim como o fortalecimento da agricultura ecológica.


Cuba fará encontro de agroecologia com delegados de 20 países

Cuba se destaca pela produção agroecológica de Agricultura Urbana
Cuba realizará um encontro internacional de agroecologia e agricultura sustentável entre os dias 18 e 24 deste mês, no qual espera a participação de cerca de 200 delegados de 20 países das Américas, Europa e África, informaram nesta sexta-feira (15) seus organizadores.
Entre as delegações se destacam: Brasil, México, Nicarágua, Canadá, Colômbia, França, Argentina, Estados Unidos, Mali, Níger, El Salvador, Zimbábue, Chile e Bolívia.
Joel Palmero, diretor da Associação Nacional de Agricultores Pequenos (ANAP) de Cuba, informou que a reunião vai discutir a experiência urbana em agroecologia, a conservação do solo, o manejo de pragas e aspectos da agricultura sustentável do ponto de vista metodológico.
Também serão abordados temas sobre o impacto da agricultura sustentável em Cuba e no mundo e experiências relacionados com a soberania e segurança alimentar sobre bases sustentáveis, a proteção dos recursos naturais e experiências econômicas e financeiras em sistemas produtivos e cooperativas, indicou.
O fórum reunirá representantes de organizações camponesas, universidades, centros de pesquisa e especialistas, e desenvolverá um programa de conferências, oficinas e também visitas a granjas e cooperativas.
Em Cuba há mais de 100 mil famílias que praticam a agroecologia através da ANAP, organização que representa as cooperativas e os trabalhadores rurais do país, disse Palmero.
A associação assume na atualidade 70,6% da produção e venda de grãos, 72,5% de hortaliças, 71,2% de leite, 63,5% de arroz, 80% da carne de porco e 77% da comercialização de mel, detalhou o funcionário.

Legislativo caxiense homenageia a Fundação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional

Jornal Ponto Inicial
CONSEA do município de Caxias do Sul comemora 10 anos de atuação

Os dez anos da Fundação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Caxias do Sul (Consea) foram celebrados em homenagem do Legislativo caxiense, realizada na tarde desta quinta-feira (14/11), no plenário da Casa. O presidente da Câmara, vereador Edson da Rosa, conduziu a cerimônia. A proposição coube à Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, presidida pela vereadora Denise Pessôa.
A parlamentar se manifestou a partir da tribuna. Informou que o Consea teve as suas atividades iniciadas em 24 de outubro de 2003 e que, atualmente, conta com 38 conselheiros, entre titulares e suplentes. Denise ressaltou que a criação do Consea resultou da mobilização de um conjunto de entidades da sociedade civil, lideranças religiosas, políticas e empresariais, no intuito de superar a fome no município.
A vereadora ponderou que, ao longo dessa década, a instituição contribuiu com programas e projetos públicos de segurança alimentar e nutricional, bem como, com o apoio às entidades que têm ações vinculadas ao direito humano e à alimentação nutricional saudável.
A presidente da entidade em Caxias do Sul, Maria do Carmo dos Santos Gonçalves, fez um discurso de agradecimento. Ela ressaltou que a segurança alimentar é uma forma de dar continuidade à vida humana. Salientou que todas as pessoas possuem o direito à alimentação, embora muitas pessoas, em todo o mundo, ainda passem fome.
Miguel Medeiros Montanha, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito estadual, agradeceu a todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram com o crescimento da instituição.
A assistente técnica da Fundação de Assistência Social (FAS), Miriam Nora, transmitiu os cumprimentos do prefeito Alceu Barbosa Velho. Ela saudou a associação e salientou que o trabalho realizado por essa entidade é fundamental para o município.
Fazem parte da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança os parlamentares Denise Pessôa/PT (presidente), Flávio Soares Dias/PTB, Mauro Pereira/PMDB, Rafael Bueno/PC do B e Renato de Oliveira Nunes/PRB.