07 outubro 2021

Opinião: O preço do liberalismo e os Direitos Humanos

 Qual o valor da vida?

Esta pergunta acalenta a alma humana, pelo menos a dois séculos. Em um passado não muito distante, pessoas eram comercializadas para trabalho escravo como algo moralmente normal. Não houve uma reparação para aqueles que foram escravizados em nosso país, nem para eles em vida, nem para seus descendentes - deixando um legado de desigualdade social com raça e cor. Também, nos dias atuais, ainda são encontrados resquícios deste comportamento, que mesmo que leve a um estranhamento, não causa mais surpresas ou suficiente indignação.

Mas há outras formas de valorar a vida humana que não seja o preço em si das pessoas. Por exemplo, pelas condições sociais da população, em especial a miserabilidade, e pelos mecanismos que a sociedade estabelece para mudar ou não esta condição.

Sinais concretos de miséria podem ser vistos na precariedade de moradia, saneamento básico, na saúde e na fome, por exemplo.

Apesar da alimentação ser um direito na Constituição Federal brasileira, ela não é garantida para todos. Em uma sociedade desigual como a nossa, onde se fortalece o liberalismo e se destaca a ausência de políticas sociais que promovam mudanças de fato, infelizmente, leva a muitos a condição de desespero. Sem dinheiro para comprar a carne, muitos buscam a proteína dos ossos. Com a redução da venda da carne, outros passam a cobrar pelos ossos. Infelizmente, isto indigna mas poucos.

Quanto vale a vida humana: R$ 4,00 o quilo?



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